“Minha Capela de Exaustão não funciona!”

Nesses muitos anos de atuação no mercado, nos deparamos frequentemente com uma pergunta ou queixa dos clientes: “A minha Capela de Exaustão não funciona!”.

Sabendo da seriedade e importância de uma Capela de Exaustão para o laboratório, o não funcionamento correto traz um risco grande de contaminação para o ambiente e para o usuário.

Infelizmente, na maioria das vezes o cliente está certo, a “Capela não é eficiente” e algo pode estar acontecendo:

Exaustão deficiente;
Contaminantes estão escapando para a sala, dentre outras anormalidades.
Talvez a afirmação mais correta fosse: “Meu Sistema de Exaustão NÃO é eficiente!”.

Existem diferentes tipos de capelas com performance e resistência diferentes. E aspectos como:

Aerodinâmica;
Materiais de revestimento;
Funcionamento VAV (Volume de Ar Variável) ou VAC (Volume de Ar Constante);
Compatibilidade com o HVAC (Heating, Ventilation and Air Conditioning).
A exaustão de gases seja de Capelas, Coifas, armários etc., fazem parte do sistema de ventilação, e devem ser analisadas em conjunto com as demais variáveis.

Se no sistema como um todo há algum item que não está funcionando corretamente, seja o exaustor, a rede de dutos, a entrada de ar de compensação ao ar exaurido pelas capelas, a automação dos Dampers das redes de insuflação e ventilação, localização de difusores de ar na face da Capela, etc., podem afetar diretamente o funcionamento da Capela de exaustão.

Esses exemplos são fáceis de serem verificados no laboratório.

Há exemplos de laboratório com pressão tão negativa que fica difícil abrir uma porta;
Outros com pressão positiva onde é possível sentir um cheiro de contaminantes de uma sala para outra;
Falhas de balanceamento e das cascatas de pressão dos ambientes.
Mesmo uma capela adequadamente projetada e instalada em um laboratório devidamente projetado ainda pode ser mal utilizada. Exemplos:

Excessivamente cheia de equipamentos de laboratório;
Usando a capela para armazenamento de produtos;
Deixar a guilhotina totalmente aberta;
Correntes de ar cruzado: Essas correntes de ar podem gerar turbulência e afetar a performance da exaustão e arrastar contaminantes para fora da Capela de Exaustão;
Procedimentos de trabalho: Sempre que possível à manipulação deve ocorrer a mais de 15 cm da face da Capela para uma melhor captação da exaustão;
O excesso de materiais instalados/locados no interior da Capela afetam os padrões de fluxo de ar em seu interior.
O calor produzido no interior da capela pode causar perturbações significativas no desempenho e até mesmo causar escape de ar (possivelmente contaminado) pelo tampo ou janela;
O intervalo de tempo necessário para que uma capela responda a uma alteração na pressão estática no duto de exaustão (estando esse duto compartilhado com a exaustão de outras capelas) pode afetar a performance da capela.
Em resumo, há muitos fatores a serem considerados na avaliação do desempenho de uma Capela de Exaustão. Nestas avaliações são realizadas as seguintes verificações:

Condições gerais da Capela, as utilidades, guilhotina, tampo, armários inferiores;
Testes de Velocidade Facial, Ruído e Iluminação. Comparando-os com as Normas vigentes;

As Normas NFPA 45 e Z9.5 que abordam a avaliação de performance da Capela recomendam que seja feita anualmente ou sempre que haja uma mudança no sistema de ventilação do laboratório (como por exemplo a inclusão de um novo sistema de exaustão ou mudança no sistema de ar condicionado).

É de fundamental importância que o responsável pelo laboratório mantenha o arquivo dessas avaliações periódicas de modo a poder demonstrar as condições técnicas de trabalho, atendendo as Normas nacionais e internacionais, provando assim que os trabalhos nas capelas estão sendo realizados com controle e segurança dos usuários.

Esses testes de avaliação de performance devem ser realizados por uma empresa qualificada, utilizando instrumentos de medições calibrados e com registro no CREA com Eng. Mecânico de Ar Condicionado para poder emitir o “Termo de Responsabilidade Técnica e Ambiental”.

A Vidy faz parte da comissão de Estudos da ABNT para a criação de uma Norma brasileira sobre os protocolos de ensaio e testes para Capelas de Exaustão.

O Grupo Vidy, através de sua equipe técnica composta por engenheiros e arquitetos especializados em Laboratórios, realiza normalmente essas avaliações e emite Laudos de Performance em Capelas de Exaustão.